As vendas de veículos importados caíram no mês de setembro em relação a agosto. De acordo com dados da Abeifa – associação que reúne as importadoras – foram emplacadas 8.283 unidades de suas 10 marcas afiliadas, contra 9.290 carros do mês anterior. Ou seja, uma queda de 10,8%. Entretanto, na comparação com setembro de 2023, com a comercialização de 4.089 importados, o crescimento foi bastante expressivo: 102,6%.
Esses números se refletem ainda no acumulado do ano. De janeiro a setembro de 2024, foram emplacados 72.131 carros das associadas. No mesmo período do ano passado, contudo, os licenciamentos foram de 24.629 unidades, o que significa um aumento de 192,9% nas vendas. Puxados pela BYD, os modelos eletrificados foram o destaque, com 52,8% de participação.
Mas a Abeifa demonstra preocupação com temas como a eventual antecipação da alíquota do imposto de importação de 35% para veículos eletrificados. Com proposta inicial de entrar em vigor em julho de 2026, há uma pressão das montadoras e da Anfavea para que essa alíquota seja aplicada de forma imediata. Outro assunto que a associação tem no radar é a reforma tributária, que ainda está em tramitação no Congresso.
“Nos últimos anos, representantes da indústria local e o Governo Federal sustentaram o argumento da previsibilidade como fator primordial do crescimento setorial, o que nós concordamos. No entanto, não é isso que está ocorrendo. O nosso setor entende que a questão da importação independente abre espaço para o tratamento não-isonômico, já que as marcas aqui representadas oficialmente investem pesadamente em infraestrutura de rede de concessionárias para o atendimento a seus clientes”, diz Marcelo Godoy, presidente da entidade.
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