Os sistemas mais modernos de auxílio à condução, conhecidos pela sigla ADAS (Advanced Driver Assistance Systems), representam um avanço quando se fala em carros autônomos. Mas até chegarmos no ponto em que os carros vão dirigir sozinhos, muitos testes – e falhas – vão acontecer. Por isso, as seguradoras estão culpando essas novas tecnologias pelo aumento dos valores das apólices nos EUA.
Explica-se: de 40 anos para cá, o número de carros envolvidos em acidentes que causam perda total quintuplicaram, representando hoje 21% de todos os pagamentos de prêmio do seguro. Só que especialistas afirmam que esse número pode chegar a 30% conforme os carros recebam esses sistemas que deveriam, na prática, ajudar o motorista.
Qual é a culpa dos ADAS?
Além de serem passíveis de falhas e de alguns motoristas se fiarem cegamente nessas tecnologias, elas são muito caras para que o reparo valha a pena. Ou seja, substituir os inúmeros sensores e câmeras necessários para fazer os ADAS funcionarem – como frenagem autônoma ou manutenção em faixa, por exemplo – acaba somando milhares de dólares na conta final na hora do conserto.
De acordo com reportagem da Bloomberg com dados levantados pela CCC Intelligent Solutions, carros elétricos por enquanto ainda têm porcentagem menor nos casos de perda total. Mas isso pode mudar com a queda nos preços dos veículos dessa categoria, já que a tendência é que a circulação aumente e, consequentemente, o número de acidentes.
Quem ganha com essa situação são as empresas de leilões de carros, que viram seus negócios crescerem nos últimos anos. E se a previsão de aumento de 21% para 30% de casos de perda total se confirmarem, os lucros devem explodir. Ao menos até as montadoras desenvolverem ADAS tão sofisticados que o número de acidentes caia de forma drástica, assim como os preços dos seguros.
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