Um dos modelos mais icônicos da Volkswagen faz 50 anos de produção. Trata-se do hatch Golf, que chegou ao mercado alemão em março de 1974, e logo conquistou um lugar no mercado, e na cabeça dos fãs. Ao longo de oito gerações, o modelo mudou muito, com direito a versões esportivas memoráveis.
Atualmente, o hatch médio caminha para sua nona geração, podendo se tornar parte da linha de elétricos da VW, chamada I.D, mas isso é assunto para depois. Agora, você confere uma pequena viagem no tempo, desde seu início de produção, ainda nos anos 1970.
Com design feito por ninguém menos do que Gioretto Giugiaro, o primeiro modelo definiu linhas que serviriam de base para muitos modelos da marca, e ainda em sua primeira geração, trouxe aos olhos do público: a versão esportiva GTI. Para muitos, esse é considerado o primeiro “hot hatch”, esportivo compacto, lançado em 1976.
Seus 110 cv fizeram sucesso frente às versões comuns, e logo a concorrência tratou de adaptar-se, e nos anos 80, já tinha como principal rival o Escort XR3i, com injeção eletrônica (algo que só chegou no Brasil nos anos 1990). Contudo, ainda em 1979, a VW apresentou o Golf Cabrio, versão conversível que fez muito sucesso, e por anos permaneceu como o mais vendido do mundo.
Já nos anos 80, o modelo chegava à sua segunda geração, mas ainda construído utilizando a plataforma antiga. Maior e com visual arredondado, ganhou melhorias no interior, uma versão GTI mais potente (1.8 de 139 cv na Europa), além de itens de segurança, como ABS, airbags e até tração integral. Entretanto, é visto por alguns fãs como um patinho feio, por conta do visual.
Golf de terceira geração era o sonho de consumo dos anos 1990
Já a terceira geração do modelo do Golf teve sucesso, principalmente no Brasil, onde desembarcou em 1993. Por aqui, o modelo chegava com a versão GTI, carroceria duas portas e motor 2.0, com 114 cv. Logo, em 1996, viria a versão VR6, com o famoso 2.8 V6 de 174 cv e 24 mkgf de torque.
Em 1997, o Golf chegava à sua quarta geração, que desembarcaria no Brasil em 1998. Chamada de “sapão” por conta da carroceria larga, bem diferente da anterior, tinha três versões, inicialmente vindas da Alemanha: 1.6 de 101 cv, 2.0 de 116 cv e a cobiçada versão GTI, com motor 1.8 turbo de 150 cv.
Em 1999, o modelo teria sua produção nacionalizada. Inclusive, com direito à carroceria duas portas com moto VR6 (99 unidades no Brasil) e 1.9 Turbodiesel, ambas destinadas à exportação. Além disso, também foi o primeiro modelo da VW a receber a transmissão automática de dupla embreagem (DSG), na versão esportiva R32.
Nesse momento, o Golf nacional distancia-se do projeto europeu. O modelo teve sua quarta geração prolongada por alguns anos, onde só retornaria renovado em 2016, em uma nova geração. A título de curiosidade, a mesma geração “4,5” também teve vendas no Canadá, por exemplo.
Quinta e sexta gerações não vieram ao Brasil
A quinta geração do modelo, não oferecida no Brasil, tinha como destaque o visual renovado, mais enxuto, mantendo-se popular tanto na Europa quanto no mercado norte-americano, por onde aportou em 2003. Assim, dentre os destaques, estão a carroceria soldada a laser, 35% mais rígida, e a transmissão DSG de sete velocidades.
A sexta geração também não chegou ao Brasil. Lançada em 2008, tinha como destaques a prioridade de sistemas de segurança, bem como melhorias na estrutura da carroceria. Itens como Park Assist (assistente de manobra) e Light Assist (controle de faróis) marcaram a geração. Assim, deram espaço para a sétima, que finalmente voltaria ao Brasil, em 2012.
Sétima geração do VW Golf marcou época no Brasil
Inicialmente importada da Alemanha, a nova geração era 100 kg mais leve, e foi um marco entre os hatches médios nacionais, que começavam a sumir do mercado. Seu grande destaque era a motorização TSI, nas opções 1.4 de 140 cv e o GTI de 220 cv, marcando o retorno da versão esportiva ao País, por exemplo.
Em 2016, o modelo passou a ter sua produção nacionalmente, ganhando até uma versão 1.6 aspirada, mais simples, com até 120 cv (etanol), e transmissão automática Tiptronic. Em 2019, as versões Highline e Tiptronic saíram de linha, restando o GTI, segurando as pontas até 2020, quando 99 unidades da versão GTE, importada, anunciavam o fim da produção nacional. Contudo, no Brasil, o Golf esteve à venda por 27 anos, e teve até uma versão perua, a rara Golf Variant.
A atual oitava geração não é vendida por aqui, restrita ao mercado europeu e americano. Dentre as muitas opções, destacam-se as opções híbridas, sejam híbrida-leve ou plug-in, esta última com o conjunto 1.5 turbo de 245 cv. Além disso, o GTI segue vivo, com um motor 2.0 turbo de 265 cv.
Entretanto, existe a chance de que vejamos o Golf no Brasil novamente, na forma de sua variante mais extrema: a R. Em uma entrevista concedida ao canal “A Roda”, o CEO da VW no Brasil, Ciro Possobom, afirmou que a marca estuda fortemente a chegada do esportivo ao País. “Estamos estudando realmente forte, mas precisa estar tudo certinho. Queremos que o cliente seja super bem atendido”, afirmou o CEO.
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