Nas últimas semanas, temos acompanhado as tragédias causadas pelas fortes chuvas que caíram no Rio Grande do Sul. Além de vidas e bens patrimoniais, muitos carros também se perderam por conta dos efeitos climáticos. Em entrevista ao portal AutoData, o sócio da consultoria da Bright Consulting, Cassio Pagliarini, afirma que a estimativa é de que até 200 mil veículos tenham virado sucata devido às enchentes.
“A frota de veículos do Rio Grande do Sul é de 2,8 milhões de unidades e a projeção da Bright é de que cerca de 150 mil a 200 mil veículos tiveram perda total por causa das chuvas. Boa parte desses veículos precisará ser substituída nos próximos meses”, declarou à publicação.
Destino dos carros no RS
Mas qual será o destino desses carros? Será que é possível recuperá-los de alguma forma ou é preciso descartá-los? A Copart, especializada em leilões extrajudiciais, é uma das empresas que está agilizando o processo de resgate e agilização de indenizações aos proprietários no Estado. Entre as ações, a companhia já mobilizou equipes e abriu pátios emergenciais para o recebimento desses veículos. São 40 anos atuando em catástrofes em todo o mundo, inclusive durante o furacão Katrina, nos EUA, em 2005.
“Temos 20 pontos de assistência distribuídos em 15 municípios. O objetivo principal é agilizar os processos relacionados aos veículos afetados, visando uma resposta rápida às seguradoras para o pagamento de indenizações, que devem ajudar os segurados a retomarem suas vidas. Em seguida, os automóveis irão para leilões organizados pela nossa empresa”, afirma Adiel Avelar, CEO da Copart no Brasil.
Reaproveitamento de acordo com o dano
Isso porque, segundo o executivo, nenhum carro vai virar sucata totalmente, já que é possível encontrar alternativas para toda a frota que passou pela enchente. Conforme a legislação brasileira, existem veículos classificados como pequena, média ou grande monta.
Assim, um veículo tem classificação de pequena monta quando o dano não atinge nenhuma parte estrutural. Já a média monta é quando o dano é maior, mas o veículo pode voltar a circular após reparos, inspeção e aprovação do Inmetro. Normalmente, essa é a classificação dos carros afetados por alagamentos. Após o processamento pelas seguradoras e avaliação dos órgãos competentes, os veículos vão para leilão. O caso mais grave é o de grande monta, quando o veículo não pode voltar a circular e tem como destino centros de desmonte veicular certificados pelos Detrans.
“Esse processo é extremamente importante para o mercado automotivo e de seguros. A venda de automóveis sinistrados permite que as seguradoras minimizem suas perdas, o que impacta diretamente o bolso do consumidor. Se a diferença do valor não fosse compensada pelos leilões de veículos, o custo das apólices de seguro seria exorbitante”, diz Avelar.
Cobertura do seguro pode variar
Nem todas as apólices, entretanto, cobrem danos causados pelas enchentes. Apenas o Seguro Compreensivo oferece cobertura para esse tipo de desastre natural, por exemplo. Confira aqui como as seguradoras estão atuando na tragédia do RS.
Mas nem tudo está perdido. Para veículos não segurados, a Copart oferece um serviço que permite que o proprietário venda qualquer tipo de veículo, mesmo os irrecuperáveis. Desse modo, veículos de média monta poderão voltar a circular no Brasil após os reparos necessários, enquanto os automóveis de grande monta terão todas as peças aproveitáveis reutilizadas.
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