A Ferrari revelou seu mais novo hiperesportivo: a F80, que chega para suceder a LaFerrari, lançada há mais de uma década, em 2013. Com produção limitada a apenas 799 unidades, o modelo combina inovação tecnológica com desempenho que impressiona.
O destaque da F80 é seu motor híbrido, que entrega 1.200 cv de potência total. O sistema inclui um motor 3.0 V6 turbo, que desempenha sozinho 900 cv. Contudo, se somado aos três motores elétricos, chega a impressionantes 300 cv. O resultado é um carro que em apenas 2,1 segundos chega a 100 km/h, com uma velocidade máxima de 350 km/h. Além da potência, a F80 se sobressai em termos de aerodinâmica, gerando até mil quilos de downforce a 250 km/h. Isso se deve a uma colaboração entre os times de design e engenharia, que focaram em maximizar a eficiência com a carroceria de fibra de carbono e suspensão ativa.
A nova Ferrari apresenta transmissão de dupla embreagem de oito velocidades, além de turbos elétricos com um motor no eixo entre a turbina e o compressor. Assim, o V6 híbrido consegue atingir rotação de 9.000 rpm, com um limitador dinâmico a 9.200 rpm. O eixo dianteiro abriga dois dos motores, um inversor e um sistema de resfriamento integrado, que enviam até 285 cv para o eixo dianteiro através da frenagem regenerativa. Além disso, há o terceiro motor que fica na parte traseira e executa três funções: partida no motor à combustão, recuperação de energia e adição de torque. Esses três motores são conectados à baterias de células de lítio de 800 Volts, capazes de produzir potência de 329 cv.
Design futurista e inspiração em modelos da Ferrari
O design também evolui, com referências ao passado da Ferrari, como a F40, mas com um toque futurista. O chassi é assimétrico e sua construção tem fibra de carbono. O teto, inclusive, teve fabricação com uso do mesmo material, enquanto os subquadros dianteiro e traseiro usam alumínio em sua composição. O interior, focado no motorista, traz um banco esportivo em vermelho, enquanto o banco do passageiro se destaca menos, em preto. O modelo tem proporções compactas, com 4,84 metros de comprimento e 1.525 quilos, distribuídos entre os eixos dianteiro e traseiro. Nos arcos das rodas traseiras, inclusive, é possível notar a inspiração na F40.
A Ferrari F80 oferece, ademais, três modos de condução: Híbrido, Performance e Qualificação. Diferente de outros modelos híbridos da Ferrari, como o W1, a F80 não apresenta um modo totalmente elétrico. No entanto, o modo Híbrido prioriza a regeneração de energia e o carregamento da bateria. Já o modo Performance disponibiliza mais potência. Assim, mantém a bateria em um nível de carga por volta de 70%. O modo Qualificação, por sua vez, libera todo o potencial do veículo.
Além disso, a Ferrari traz a tecnologia Boost Optimization, disponível nos modos Performance e Qualificação. A função serve para identificar trechos da pista, como longas retas. Dessa forma, oferece aumento de potência adicional, distribuindo o impulso de maneira estratégica, após um reconhecimento inicial do percurso. Por fim, a marca traz duas versões de pneus de alto desempenho: o Michelin Pilot Sport Cup 2 e o Pilot Sport Cup 2R, com dimensões de 285/30 na dianteira e 345/30 na traseira. A Ferrari também disponibiliza diversos sistemas de segurança ativa, incluindo frenagem de emergência automática, alerta de saída de faixa, assistência para permanência na faixa, controle automático de farol alto e reconhecimento de sinais de trânsito.
Com um preço estimado de 3,6 milhões de euros (cerca de R$ 22 milhões), a Ferrari F80, carro mais potente já produzido pela marca italiana, já é considerada um colecionável, se posicionando ao lado de concorrentes de peso como Porsche e McLaren.
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