Famosa pela confecção de bancos há mais de um século, a empresa alemã Recaro entrou com um pedido de falência no último dia 29 de julho. Segundo a publicação alemã Heise Online, 215 funcionários da fábrica da Recaro Automotive GmbH, localizada em Kirchheim unter Teck, perto de Stuttgart, terminaram pegos de surpresa pela notícia.
Ainda segundo a publicação, o sindicato IG Metall também acabou surpreendido com o pedido. “Esperamos que todas as opções sejam esgotadas para garantir empregos e encontrar uma solução sustentável”, disse o chefe do IG Metall, Alessandro Lieb, em Esslingen. A empresa tem quase 1.000 funcionários, todos surpreendidos com a notícia.
“Não nos avisaram sobre a medida e descobrimos sobre ela pela intranet”, afirmou o chefe da divisão ao canal de notícias Süddeutscher Zeitung, por exemplo. Enquanto a situação se desenrola, o Tribunal Distrital de Esslingen ordenou uma autoadministração temporária da empresa. Além disso, nomeou o advogado Holger Blümle como administrador provisório. Ele examinará a situação econômica e de gestão da Recaro.
Outras empresas do Grupo Recaro, responsáveis pela fabricação de assentos para aeronaves e também no crescente mercado de cadeiras para jogos premium, não terminaram afetadas pela decisão, entretanto. Uma das exigências do IG Metall é um diálogo claro com a nova administração, para se encontrar uma “solução sustentável” para o problema.
Bancos Recaro eram sinônimo de luxo nos anos 80
Febre nos anos 1980, bancos Recaro eram sinônimo de luxo e esportividade, e equipavam as versões mais caras e exclusivas de modelos nacionais. Nomes como Volkswagen Gol GT 1.8 e Chevrolet Monza S/R acabaram cobiçados pelos bancos nos anos 80, por exemplo, e hoje um par de assentos originais é disputado à tapa por entusiastas. Recentemente, nomes como BBS, fabricante de rodas, e Garrett, de turbocompressores, também declararam falência, por conta da pandemia de COVID-19.
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