As vendas de carros chineses não têm incomodado apenas as fabricantes que atuam no Brasil. No mês que vem, a União Europeia votará uma nova taxação para veículos elétricos fabricados no país asiático, a fim de barrar os altos volumes e diminuir a concorrência local. A meta é elevar o imposto de importação de 10% para 36,3% por lá. Mas a história não acaba aí, pois, agora, a China prepara o contra-ataque.
Como a União Europeia (bloco formado por 27 países) quer barrar a invasão chinesa, criando tarifa extra, a China por sua vez decidiu aumentar a alíquota para carros com motores a combustão acima de 2,5 litros fabricados no Velho Continente. Tudo permanece em avaliação, à espera dos resultados da Comissão Europeia – que devem ser conhecidos em outubro. Uma vez em vigor, a taxação atingirá, principalmente, as marcas alemãs, como Audi, BMW, Mercedes-Benz e Porsche, por exemplo.
Cabe salientar que a Alemanha é um dos países da União Europeia, bem como Finlândia e Suécia, que não participou da votação. Os mais interessados na taxação extra, contudo, são Espanha, França e Itália. Os três, por terem fábricas de carros mais populares, se veem ameaçadas pela invasão chinesa.
Independentemente do resultado dos próximos passos da guerra fiscal entre China e União Europeia, o que se sabe é que o Brasil – mesmo também cobrando imposto cada vez maior para carros elétricos – continuará como um dos principais destinos dos modelos chineses. No País já se encontram GWM, Neta, Chery (representada pelo grupo Caoa), JAC, BYD, entre outras marcas.
Siga o Jornal do Carro no Instagram!