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CEO da BYD confirma projeto de motor híbrido flex e diz que EUA não são prioridade

A CEO da BYD América Stella Li afirmou que a companhia não tem interesse em aumentar a participação no mercado norte-americano neste momento.

A declaração foi dada em entrevista coletiva na concessionária da marca, na Cidade do México, na quarta-feira, 15. No mesmo dia, a Casa Branca anunciou um aumento nas taxas para diversos produtos chineses, entre eles os carros, que será de 100% no final de 2024.

“Não estamos focados no mercado norte-americano neste momento. Nosso objetivo é aumentar a nossa presença em países que já temos fábricas”, afirmou.

Stella Li, CEO da BYD para as Américas, em coletiva de imprensa na Cidade do México – Crédito: Bruno Pavan/IstoÉ

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Uma novidade que foi divulgada na véspera do lançamento da picape BYD Shark é que a companhia pretende lançar uma fábrica no México em até três anos. Stella afirmou que a expansão não visa o mercado dos EUA.

“O México é um país muito estratégico para nós e a fábrica vai atender o mercado interno e a América Central”, explicou.

De acordo com a executiva, o anúncio oficial de onde a fábrica será construída ocorrerá no fim do ano e que ela deve demorar três anos para começar a produzir. A BYD também deve anunciar em breve uma nova planta na Europa, além da que vai estrear na Hungria.

Evento da BYD Shark no México – Crédito: Divulgação

China conta com política clara sobre eletrificação de veículos

A BYD e outras companhias chinesas do setor automotivos têm sido regularmente sobretaxadas nos EUA e na Europa. Como pano de fundo dessa política fiscal, muitos países afirmam que as empresas chinesas praticam concorrência desleal por receberem subsídios do governo.

A CEO lembra que a China tem uma política clara de eletrificação de veículos há 20 anos e que os outros países ficam “indo e voltando”, fazendo com que os chineses tomem a liderança no mercado.

“A disputa entre as empresas chinesas é sangrenta e essa reclamação só existe porque não se acompanha a tecnologia chinesa. O governo tem uma política clara há 20 anos sobre a eletrificação dos carros e nos outros países existe um ‘vai e vem’ sobre esse tema”, acredita.

Evolução das baterias

O tempo de recarga das baterias também foi uma questão levantada. Hoje, com o carregador próprio da marca, uma recarga total da bateria do BYD Dolphin Mini dura em média 8 horas.

Stella afirma que, no curto prazo, a companhia está trabalhando em um equipamento que pode recarregar 80% da bateria em até 10 minutos.

“Em 10 anos, acreditamos que uma recarga completa deva demorar o tempo de uma ida rápida ao banheiro”, afirmou.

Modelos híbridos serão estratégicos no Brasil

Além da Shark, que deve chegar ao país ainda esse ano, a companhia conta com o modelo híbrido plug-in Song Plus.

Stella ressalta que o desafio de convencer o consumidor a comprar um carro 100% elétrico no Brasil é parecido com o que foi na China, já que os dois países contam com extensões continentais.

“A experiência na China nos ensinou muito porque os consumidores tinham a preocupação com a recarga. Percebemos que o primeiro passo é o carro híbrido, que dá uma tranquilidade maior e é um elemento muito importante na transição para um elétrico”, explicou.

A CEO disse que um dos projetos que os engenheiros da empresa estão trabalhando é no motor híbrido com etanol no Brasil e que novidades podem ser anunciadas no fim deste ano.

Evento da BYD Shark no México – Crédito: Divulgação

O jornalista viajou ao México a convite da BYD*



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