O mercado automotivo europeu enfrenta desafios crescentes, como o aumento dos custos de produção, competição com as marcas chinesas e o desinteresse dos consumidores pelo carro elétrico. Diante disso, grandes fabricantes como Renault, Stellantis e BMW estão buscando soluções para reverter a situação. Isso pode significar, até mesmo, uma junção das montadoras.
A crise se tornou mais evidente quando as ações da Stellantis registraram queda de 14% nas bolsas de Paris e Milão. A BMW e Mercedes-Benz também enfrentaram perdas de 3%, enquanto a Volkswagen apresentou um recuo de 2% no valor das suas ações. Ainda, nos últimos seis meses, a Stellantis viu seu valor de mercado encolher em mais de 40 bilhões de euros. Todos esses recuos indicaram a necessidade de as marcas tomarem alguma ação.
Junção das marcas
Assim, com a aproximação do fim do mandato de Carlos Tavares na Stellantis, especula-se no mercado europeu que Luca de Meo, atual CEO da Renault, possa assumir o comando. No entanto, essa mudança poderia indicar algo ainda maior: uma fusão entre Renault e Stellantis. A ação teria como objetivo não apenas enfrentar a concorrência chinesa, mas reduzir custos de produção e aumentar as vendas.
Luca de Meo, que aliás, é um defensor da criação de uma “Airbus automotiva pan-europeia”, busca unir forças com outras montadoras para impulsionar a eletrificação. Além de Renault e Stellantis, há rumores de que a BMW também poderia ser incluída. De acordo com o jornal italiano Il Sole 24, os líderes das três empresas devem se reunir durante o Salão de Paris para discutir essa possível união. O evento acontece neste mês de outubro, entre os dias 14 e 20.