Uma das maiores defensoras da eletrificação, a Volvo se comprometeu a vender apenas carros elétricos após 2030. Entretanto, a marca sueca vem repensando essa estratégia após perceber mudanças na demanda por modelos com motores a combustão. Especialmente pela rejeição que os elétricos vêm sofrendo em alguns mercados, como o norte-americano, por exemplo. Além disso, por conta os entraves aos carros chineses com taxas exorbitantes no país, a fabricante teve que adiar o lançamento do EX30 (produzido na China) nos EUA.
Assim, a montadora sueca pode dar um passo atrás e redirecionar seu foco em modelos híbridos, pelo menos por mais algum tempo. Não que a marca vá deixar de lado sua meta global de eletrificação, mas a ideia é encontrar um meio termo até que problemas de infraestrutura, questões governamentais, velocidade de carregamento e avanço de tecnologias de segurança estejam mais avançados.
Por sorte, a Volvo também tem um bom histórico no segmento de carros híbridos, o que facilita essa tomada de decisão. Em entrevista ao podcast do Automotive News, o CEO da montadora, Jim Rowen, disse que os veículos híbridos da marca são uma ponte para os consumidores que ainda não estão preparados para a eletrificação total. “Nossos híbridos plug-in e leves permanecem como opções sólidas e populares entre nossos clientes, e vamos continuar investindo nessa linha”, concluiu.
Concessionários Volvo também querem híbridos
Mesmo que a Volvo não consiga justificar uma linha totalmente elétrica hoje, a empresa ainda acredita que carros com motores alimentados por baterias são o caminho para o futuro. Desse modo, optar pelos híbridos é uma forma de não comprometer os planos completamente – e algo que os concessionários dos EUA agradecem.
Isso porque muitos representantes da marca têm levantado as mesmas questões sobre veículos elétricos. De acordo com o Automotive News, donos de revendas da Volvo revelaram que querem vender carros híbridos mesmo após o prazo estipulado pela fabricante de ter somente elétricos no portfólio após 2030. “Precisaremos, ou então morreremos”, declarou um empresário à publicação.
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