A Maserati é uma das mais marcas com mais história, seja dentro ou fora das pistas, e possui fama pelos esportivos requintados e luxuosos. Entretanto, mesmo com toda essa história e importância, as coisas não vão bem para a marca, que tem causado dor de cabeça à Stellantis. Única marca de luxo do grupo, pode não escapar de um possível fechamento.
A marca italiana não está imune à regra estabelecida por Carlos Tavares, o diretor-executivo do grupo, quando refere que “se uma marca não for lucrativa, é para fechar”. Contudo, ainda é cedo para afirmar que o fim está próximo, afinal, estão sendo tomadas medidas para impedir que um fechamento definitivo aconteça.
Os problemas para a Maserati começaram quando foram divulgados os resultados do primeiro semestre deste ano na Stellantis. Por lá, as vendas encerraram o período 50% abaixo dos valores registados no período homólogo de 2023, fazendo a marca entrar no vermelho, por exemplo. Tavares afirmou que os problemas eram “evidentes” e que não eram relacionados aos produtos da montadora, mas que as dificuldades estavam no mercado chinês e norte-americano, ainda que por motivos diferentes.
Na China, o problema, segundo o CEO, foi que “surgiram problemas com os concessionários, que queriam fazer descontos muito grandes, como sempre acontece, e tivemos que estancar o problema, o que afetou os volumes”. Contudo, nos EUA, maior mercado da marca, Tavares afirma que “o plano de marketing falhou por completo”, prejudicando as vendas. O executivo aprovou um novo no segundo trimestre deste ano, mesmo sendo arriscado.
Maserati tem nova liderança
O CEO afirma, no entanto, que as marcas tem sua independência, mas mediante erros, devem acabar responsabilizadas. O resultado foi a troca de Davide Grasso, o diretor-executivo da marca, por Santo Ficili, que também lidera a Alfa Romeo. Por fim, segundo Tavares, quando começar avaliação das 14 marcas da Stellantis em 2026, a Maserati já não deverá ser a marca com maior número de problemas a resolver.
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