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Vendas de carros com motor só a combustão caem 2,3% nos EUA

A guerra contra os carros puramente a combustão, que vem obrigando as montadoras a investirem cada vez mais em eletrificação, já colhe resultados. Nos Estados Unidos, que é um dos maiores mercados automotivos do mundo, as vendas de veículos com esse tipo de motorização sofreram queda de 2,3% no primeiro semestre de 2024. A informação vem do relatório da Alliance for Automotive Innovation.

De acordo com o estudo, em 2016, os carros puramente a combustão (gasolina e diesel) representavam cerca de 97% do total emplacado no país. Agora, no entanto, o montante caiu para 78%. Embora ainda sejam maioria, esse tipo de veículo tem caído em desuso. Assim, ascensão total de modelos com motorização híbrida (convencionais, leves e plug-in) e elétrica. Cabe salientar que, por lá, além de falta de oferta de modelos de combustão interna, há ainda o apelo de mais economia de combustível/eletricidade e, sobretudo, o incentivo dos governos estaduais e federal.

GM Blazer e Equinox (Chevrolet/Divulgação)

Consciência ambiental ou falta de opção?

O estudo aponta que diversos clientes ainda preferem os modelos 100% a combustão, mas basicamente fazem a troca por falta de opção. A empresa aponta que, de acordo com comentários dos usuários, “alguns consumidores não querem realmente comprar híbridos ou veículos elétricos, mas são praticamente forçados a isso, já que os fabricantes continuam a eletrificar suas linhas.”

Em números, a Toyota, por exemplo, teve 5,5% de aumento de vendas no acumulado de 2024. Entretanto, as comercializações de veículos elétricos e híbridos aumentaram 58%. Isso é culpa do limite estabelecido pela falta de ofertas. Para se ter ideia, o Toyota Camry, um dos carros mais vendidos dos Estados Unidos, conta apenas com motorização híbrida. Seja como for, isso não muda a realidade de que os modelos a combustão estão perdendo a popularidade.

combustão
Toyota Camry Hybrid (Toyota/Divulgação)

“O mercado nunca faria uma transição natural para EVs (veículos elétricos). Esperávamos uma desaceleração nessa mudança, pois os primeiros adeptos estavam satisfeitos”, disse Sam Fiorani , vice-presidente de previsão global de veículos da AutoForecast Solutions.

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