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Ford transfere fábrica da Troller para o Estado do Ceará; há interessados

Na última segunda-feira (23), a Ford assinou um acordo para transferir a fábrica de Horizonte – onde eram produzidos os carros da Troller até 2021 – de volta para o governo do Ceará. É um processo semelhante ao que a montadora passou ao entregar sua planta de Camaçari ao governo da Bahia. Com 11,89 hectares, a unidade agora aguarda um novo destino. Mas detalhes e valores que envolveram a negociação permanecem um mistério.

“A Ford informa que nesta segunda-feira, 23 de setembro, assinou junto com o Governo do Ceará um acordo de transação para a transferência ao Estado da fábrica da empresa no município de Horizonte. Com isso, a Ford e o Governo do Ceará dão um passo definitivo para utilizar a planta de Horizonte na geração de crescimento econômico e social para a comunidade cearense. A Ford agradece ao Governo do Ceará por ter permitido uma negociação em que a empresa e o Estado puderam colaborar para promover o desenvolvimento da região”, disse a montadora em comunicado.

Troller/Divulgação

Qual será o futuro da fábrica da Troller?

Em meados de agosto, a Comexport – maior empresa de comércio exterior do Brasil – anunciou que vai investir R$ 400 milhões na antiga fábrica da Troller. Desse modo, a ideia é construir no local seis veículos eletrificados de três marcas diferentes.

Como um polo multimarcas, a fábrica terá capacidade para produzir 40 mil veículos por ano, incluindo modelos elétricos e a etanol, por encomenda de terceiros. Esse modelo de negócios permite que montadoras estabelecidas e novas marcas ingressem no mercado brasileiro com produção local.  O objetivo é que as operações comecem já no primeiro trimestre de 2025.

Apesar de as três marcas que devem produzir no Ceará nesta primeira fase ser segredo, podemos fazer algumas apostas. Um dos motivos é que novas marcas chinesas que estrearam ou estão prestes a iniciar suas operações no País já anunciaram a intenção de ter uma fábrica local. Dessa forma, usariam a mesma estratégia que outras chinesas que se estabeleceram no Brasil um pouco antes, como a BYD, que comprou a planta da Ford em Camaçari (BA), e a GWM, agora dona da antiga fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP).

Neta X festival
Neta Auto/Divulgação

Chinesas no páreo

Assim, as montadoras que estão prestes a desembarcar no País não precisariam construir uma unidade do zero. Uma das ideias é, justamente, procurar locais desativados para iniciar suas atividades com mais rapidez. A recém-chegada Neta, por exemplo, já havia demonstrado interesse pela fábrica da Toyota em Indaiatuba (SP). Isso porque a produção do sedã Corolla migrou para Sorocaba (SP). Desse modo, a planta ficou sem utilidade e pode entrar em uma negociação com a Comexport.

Outras chinesas que vão iniciar suas atividades no mercado brasileiro em breve também podem se beneficiar no novo complexo produtivo. A Omoda | Jaecoo já confirmou que terá uma fábrica no País a partir de 2025, mas ainda não há local definido. Como pertencem ao Grupo Chery, as duas marcas ainda negociam com a Caoa (representante da Chery por aqui) a produção na planta de Jacareí (SP). Contudo, nada foi decidido até o momento, o que pode abrir o leque das novatas para diferentes opções.

Zeekr X
Zeekr/Divulgação

A Zeekr, fabricante de modelos premium elétricos que pertence ao grupo Geely (o mesmo da Volvo), também está prestes a desembarcar no Brasil, mas ainda não deu detalhes se pretende ou não produzir carros por aqui. Entretanto, pode ser outra candidata a utilizar o polo multimarcas para tornar seus produtos mais competitivos no mercado brasileiro. 

É difícil cravar quais marcas realmente farão carros no Ceará, já que boa parte das montadoras utiliza os serviços da Comexport, como Mercedes-Benz, Honda, Volkswagen, Toyota, Porsche, entre outras. Com a eletrificação se solidificando no País, qualquer fabricante pode eventualmente terceirizar a produção de algum modelo elétrico para evitar fazer adaptações em suas próprias fábricas.

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