Ninguém pode negar que o Fiat 500e é uma gracinha. Mas a versão elétrica do icônico carrinho, lançada em 2020, não fez o sucesso esperado quando comparado a todo o histórico do modelo. Por conta da baixa demanda, a montadora decidiu pausar a produção do 500e na linha de Mirafiori, em Turim (Itália) , por pelo menos quatro semanas. É a primeira vez que o compacto deixa de ser fabricado na Europa desde 2007.
“Essa medida é necessária pela falta de pedidos atrelada às grandes dificuldades enfrentadas no mercado de elétricos na Europa por todas as montadoras, especialmente as europeias”, disse a Stellantis em comunicado para a Reuters.
Já a produção da versão a combustão do 500 (de geração anterior), feita em uma plataforma diferente da do modelo elétrico, terminou na Polônia no início deste mês. Isso porque a unidade não atendia às novas leis de cibersegurança da União Europeia e a empresa não quis gastar milhões para atualizá-la. Todo o ferramental da fábrica de Tychy foi então transferido para a planta de Tafraoui, na Argélia. Dessa forma, o carrinho terá exportação para a África e o Oriente Médio, mas não voltará ao mercado europeu.
Mesmo aqui no Brasil, o 500e não teve boa aceitação. Com estreia no Brasil em agosto de 2021, o carrinho está disponível hoje zero km como ano-modelo 2022 por R$ 214.990. Entre suas características estão motor de 118 cv e 22,4 mkgf, 0 a 100 km/h em 9 segundos, velocidade máxima de 150 km/h e alcance de 227 km, conforme o Inmetro. Por ser pequeno, com potência baixa para um elétrico e autonomia mediana, o modelo “micou” em meio às novas opções chinesas mais baratas e bem equipadas.
Fiat 500 vai virar híbrido
Se a princípio a Fiat cogitou lançar a geração atual do 500e apenas a combustão, o papo agora é transformar o compacto em um modelo híbrido. O caminho será por meio da engenharia reversa para que o elétrico receba um pequeno motor a gasolina.
Assim, o chamado 500 Ibrida deve ficar pronto no final de 2025 para chegar às lojas apenas em 2026. A produção continuará em Mirafiori, que receberá 100 milhões de euros para a adaptação na linha de montagem.
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