A Ferrari revelou durante evento em Miami, Flórida (EUA), seu mais novo supercarro: o cupê 12Cilindri, e sua versão conversível, Spider. Assim como o nome deixa evidente, trata-se de um esportivo com 12 cilindros, em V, visto como uma forma de resistência perante o mundo do downsizing e da eletrificação, rota seguida até pela própria marca em alguns modelos.
Assim, o modelo não conta com auxílio de Turbos ou assistência elétrica: é um V12 aspirado, tal como os famosos esportivos Ferrari do passado. O novo modelo substituirá a atual 812 GTS, bem como homenageia a 365 GTB/4 Daytona. Feita em Maranello, o modelo foi desenvolvido por Flavio Manzoni e equipe.
Visualmente, o longo capô e traseira curta deixam clara a inspiração na Daytona, bem como a dianteira com uma faixa preta e faróis com visual horizontal. Assim como no antigo cupê, o logo da marca está no meio da peça. Apliques de fibra de carbono e grandes entradas de ar entregam ar ao grande V12 debaixo do capô.
Na traseira, contudo, uma grande área na cor preta torna o desenho único, contrastando com o vermelho do carro. Com formato GT, o 12Cilindri respeita o visual dos clássicos Grand Tourers, com espaço pequeno para as bagagens, e ampla cabine, ainda que relativamente simples. Lanternas finas de LED dão um ar sofisticado ao modelo, e a dupla saída de escape, além do difusor em carbono preto, aumentam a esportividade.
Assim como em modelos como Roma e Purossangue, o 12Cilindri tem uma um painel digital, com o conta-giros no centro, além de uma multimídia de 10.3 polegadas, bem como uma terceira tela, exclusiva do passageiro. Mas o grande trunfo do modelo está debaixo do enorme capô.
12Cilindri pode ser a última Ferrari totalmente a combustão
O motor V12 F140HD é derivado da longeva linha de motores Ferrari, que tem história desde a mítica Enzo, por exemplo. Entretanto, trata-se de uma versão atualizada, feita para respeitar as recentes (e rigorosas) normas de emissões de poluentes. Isso faz do cupê, possivelmente, a última Ferrari a combustão produzida.
Doze cilindros entregam ao proprietário 820 cv de potência a altos 9.250 rpm e 69 mkgf de torque. A alta faixa de rotação exige do motorista trocas nada conservadoras, fazendo o potente motor V12 rugir alto. Comandando o conjunto, está a transmissão automática de dupla embreagem, e oito marchas, mais curtas que a utilizada pela 812 Competizione, por exemplo.
Isso contribui para um tempo de 0 a 100 km/h de apenas 2,9 segundos, e um 0 a 200 km/h de 7,9 segundos. O modelo tem previsão de chegada ao mercado no fim deste ano, e segundo a imprensa europeia, deverá custar próximo dos 400 mil euros, representando R$ 2,1 milhões de reais, em conversão direta.
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