Apesar de ter ultrapassado a Tesla em vendas, a BYD tem menos lucratividade que a empresa do bilionário Elon Musk. De acordo com números da Late Finance, a marca chinesa tem lucro médio de 9.000 yuans (cerca de R$ 6.200, na conversão direta) por carro vendido. Enquanto isso, a fabricante norte-americana passa dos R$ 40 mil. O cenário pega o ano de 2023.
O fato é que ao invés de ganhar rios de dinheiro com as vendas de carros, a BYD quer, a princípio, se consolidar no mercado. Para isso, prioriza o volume de vendas em detrimento da lucratividade. Isso explica porque a marca pratica preços tão competitivos. Como exemplo, o Dolphin chegou ao Brasil com valores tão agressivos que obrigou a concorrência – e outros modelos – a baixarem seus preços. O fenômeno ficou conhecido como “efeito Dolphin”.
Em números, enquanto a líder BYD vendeu 2.706.075 carros na China em 2023, a Tesla comercializou quase cinco vezes menos: 603.664. Desse modo, embora o lucro médio por carro fique abaixo da concorrente, os números altos aumentam a lucratividade da marca chinesa. Só no Brasil, de acordo com dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), foram vendidos 17.947 carros da marca chinesa.
Nesse sentido, as reservas de caixa da BYD aumentaram oito vezes desde o fim de 2019. Até 2021, contudo, o lucro líquido por veículo vendido era negativo.
Preços ainda menores
A partir de agora, a situação deve alavancar ainda mais, afinal, desde o começo do ano, a BYD intensificou a batalha por preços. A ideia é oferecer veículos elétricos mais baratos que os modelos a combustão no mercado local. Isso, em síntese, também respinga em outros países, como no Brasil, por exemplo, onde o Dolphin Mini é vendido a preço de carro de entrada.
Agora, resta saber quando a BYD vai bater seu próprio recorde e vender além das 300 mil unidades que emplacou, na China, em dezembro de 2023.
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