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Ford Everest, SUV da picape Ranger, está em testes no Brasil

O desenvolvimento dos automóveis considera que os cintos de segurança devem ser usados com os passageiros posicionados na forma convencional, ou seja, sentados e com a sola dos calçados no assoalho. Em um acidente, o corpo pode sofrer uma lesão grave se não estiver nessa condição. É o caso do ocupante dianteiro que ergue os pés sobre o painel

“Numa situação como essa, a ergonomia se altera, afetando a eficiência do cinto de segurança”, explica Cleber William Gomes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). “O equipamento não consegue reter o corpo da melhor maneira possível em uma colisão. Por isso, o passageiro pode sofrer as consequências.”

Há outros riscos. Em uma batida mais forte, o acionamento do airbag também é capaz de ferir a pessoa que está com os pés descansando no painel. Isso porque a explosão da bolsa de ar acontece em milésimos de segundo, sem que o ocupante do veículo tenha tempo de se preparar para a pressão contra as pernas. 

Estudo revela o perigo

O professor da FEI cita um estudo do Touring Club Suisse (TCS), organização de mobilidade da Suíça que promoveu um teste de colisão com um dummy (boneco que simula uma pessoa) no banco do passageiro com os pés sobre o painel e o carro a 64 km/h. 

“Em vez de proteger o dummy, o airbag empurrou suas pernas contra o torso e a cabeça”, diz Gomes. Mesmo que o veículo não tenha airbag instalado à frente do banco do passageiro, em uma colisão, o cinto não dá segurança ao ocupante. A consequência pode ser trauma facial, fratura nas pernas e nas vértebras e danos à coluna.

O docente acrescenta: “Ao apoiar o pé no painel, o quadril fica flexionado. No momento do impacto, o osso da coxa pode se desencaixar da articulação, provocando uma lesão muito grave”. 

A ameaça de deixar os dois pés apoiados no painel é real. Às vezes, nem é preciso ocorrer uma batida no trânsito. Basta uma frenagem mais brusca para levar o rosto do passageiro a um choque direto com os joelhos.

A responsabilidade do motorista

Quanto maior a velocidade do automóvel, pior o resultado. Nessa circunstância, o passageiro com os pés no painel pode quebrar o tornozelo e o quadril e sofrer traumas no abdômen, no rosto e no pescoço.  

O professor destaca que o motorista do veículo também tem sua parcela de responsabilidade. “Se o passageiro, ao se acomodar no banco ao lado, colocar os pés em cima do painel, o motorista deve pedir imediatamente que ele sente na posição correta, alertando-o a respeito dos riscos”, diz.

Há outra questão importante que o proprietário do automóvel deve levar em conta: a atenção a possíveis recalls convocados pela fabricante. “Existem chamadas da montadora para resolver problemas de airbags que são ativados sem motivo algum. Quando isso acontece, o dono precisa levar seu carro imediatamente para a concessionária a fim de fazer o reparo necessário”, diz.

Se ficar no banco do passageiro com os pés sobre o painel é arriscado, imagine então ver a liberação do airbag à toa, por uma falha de projeto.  

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